A cidade onde (quase) ninguém para!!
Revista Super Interessante
Saí da cama cedo. O trânsito aqui não nos deixa dormir tanto. E a consciência pesa quando lembro que ainda tenho muito coisa para estudar, concurso não é fácil. Sempre que posso vou à padoca da esquina. Servem um bauru muito bom por lá. Enquanto dava a primeira golada no suco de laranja, entra uma mulher muito bem vestida, aparentando ter uns 38 anos, com mais ou menos 1,70, cabelos a lá Hebe Camargo, e cheia de papéis
Eu já olhei para o rosto dos atendentes por trás do balcão. Não eram as melhores caras que já vi. Rs. E eles continuaram, "Pois é! Se já não bastasse o tanto de feriados que têm, a Marta (Suplicy) ainda inventa um Dia da Consciência Negra. É o fim da picada!" exclamou a mulher, que saiu levando seu papeis, bolsa e laquê a prova d'água.
Meu caro, veja bem. Como a maioria das coisas, esta discussão tem duas vertentes. Uma é a paralisação comercial e empresarial por conta dos pontos facultativos entre feriados e fins de semana. Outra é a lucratividade do turismo, entretenimento, e derivados. É a desconcentração do capital. E mais, algumas empresas adotam o rendimento e alcance de metas de seus funcionários como prioridade, ao invés de obrigá-los a trabalhar 8 horas por dia, 5 dias por semana. Trabalhou bem, cumpriu metas e prazos? Ótimo.
É complicado saber e discursar sobre esse assunto. Ainda mais quando relacionamos empresários, comerciantes, ou seja, patrões. Admiro quem tem jogo de cintura para lidar e administrar bem tudo isso.
Na revista Super Interessante deste mês li uma matéria muito bacana. Apesar de (para mim) esta frase ser redundante, gosto de todos os assuntos da revista. Um escritor inglês, Tom Hodgkinson, tem uma ideologia bastante interessante: "O importante é não fazer nada". Calma, ele não é nenhum adepto da vagabundagem, nem do ócio puro e simples. Mas ele acha que se fizermos a vida mais simples, sem supérfulos, luxo desnecessário, e trabalharmos apenas o necessário para a sobrevivência em uma vida simples e confortável, é o suficiente. Sem a pressão de nascer estudando, crescer pensando que é preciso passar em uma faculdade, arranjar um emprego, fazer fortuna e aposentar. Concordo por um lado e discordo por outro. Concordo quando ele fala que esta pressão tira, e muito, alguns prazeres de viver, como a vida em família, o crescimento dos filhos, o envelhecimento saudável... Tenho dois exemplos em casa, de dois tipos de pessoas. Um trabalhou a vida toda no mesmo lugar, ganhou dinheiro, criou as filhas e hoje curte uma aposentadoria muito quista, bem sucedida e planejada com calma e sem pretensão de milhões na conta. Outro que trabalha muitíssimo, vive para trabalhar, e ainda vai trabalhar muito! Porque tem metas, vontades e anseia por uma ótima vida. Porém, vai ter que se privar de muitos "prazeres" para que tudo se concretize. São dois lados, duas gerações e culturas diferentes. Cada um vive (viveu) de acordo com o que a sociedade impõe.
E é então que eu volto à senhora do laquê. Folgar no feriado prolongado é um direito ou um abuso do trabalhador? Sinceramente? Não sei. O que VOCÊ acha?
Basica e atualmente... como meu salário não muda com ou sem feriados... q todos sejam emendados.
ResponderExcluirQuero ficar rica logo para não ter mais que pensar em feriado. A minha vida será férias! ahahahahahah!
ResponderExcluirPosso falar: Tô rrrrrrrrrrrrica!
Beijos
Van